‑ Ração de combate? Depois de um prato de rancho só me apetece dormir uma sesta, Comandante.
‑ Certo. Se não tiver que caminhar 200 km logo a seguir com uma mala de 20 kg às costas.
Em tempos idos, o Rancho à Moda do Regimento de Infantaria nº 14 (Viseu), criado de improviso em pleno teatro de guerra, era considerado aquilo a que vulgarmente se apelida de “ração de combate" - um prato saboroso, calórico, capaz de saciar o corpo e o espírito das tropas em condições adversas durante largas horas.
Entretanto, os tempos mudaram e a dieta dos militares em combate evoluiu naturalmente para algo mais elaborado cientificamente, para garantir uma alimentação o mais saudável e conveniente possíveis num contexto em que nem sempre há tempo para nos sentarmos à mesa.
Hoje, a ração de combate é “cozinhada” por nutricionistas e composta por alimentos liofilizados, altamente seguros e com um prazo de validade bastante mais alargado. E o típico rancho até pode ter perdido a batalha para o seu parente mais pobre ao nível palatinal, mas ganhou a guerra ao inscrever para sempre o seu nome no receituário gastronómico português e nas ementas diárias de quartéis, restaurantes e lares espalhados pelo país.
Esta é uma breve história do Rancho à Moda do Regimento de Infantaria 14. Espero que gostem. Bom apetite!
“Eu é mais bolos.” (José Severino in “Hermanias”, 1991)
Domingo, véspera de noite de Santo António. Rumo a Tróia para uma *masterclass* de churrasco à americana, muito longe das malfadadas grelhas que por estes dias maltratam pedaços de carne e pretensa sardinha fresca nos bairros típicos de Lisboa. Na bagagem levava o novo Tabasco Chipotle, molho ideal para temperar carnes fumadas e fins de tarde em boa companhia.
Era Uma Vez em Koh Mook